Pesquisa em Logoterapia

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Luís Enrique Paulino Carmelo

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A VIRTUDE DA ESPERANÇA NA DIMENSÃO NOÉTICA: Contribuições da Logoterapia na superação do sofrimento

O presente artigo tem por objetivo destacar a Virtude da Esperança na Logoterapia como recurso essencial na superação do sofrimento. Frankl nos ensina que o sentido está presente mesmo em meio às circunstâncias mais miseráveis, apresentando-nos para a sua superação uma verdadeira teoria da esperança que, ao iluminar o caminho, nos mostra ser possível dizer sim à vida, apesar de tudo. Para lidar com o sofrimento, Frankl propõe que o homem busque apoio em dois recursos internos: o suporte no futuro e o suporte na Eternidade, reconhecendo a existência de um suprassentido ordenador. A presença de Deus é central na antropologia frankliana, pois não conseguimos entender o homem sem entender a questão Divina. Dessa maneira, o presente trabalho trará discussões acerca da Virtude da Esperança por meio da interlocução com autores como Charles Péguy (1991), conhecido como o poeta da esperança; Pedro Laín Entralgo (1984), por sua teroria da esperança humana; e Van Thuân, um bispo que foi testemunha da esperança. A partir do conceito do Otimismo Trágico e dos recursos nele contidos (aceitação do que não pode ser mudado; autotranscendência no sentido de um propósito maior; fé ou confiança em Deus e nos outros; coragem de enfrentar a adversidade), apresentaremos a Virtude da Esperança como um recurso logoterapêutico valioso, que é ponto que o homem transcende sua situação de sofrimento e, finalmente, encontra sentido.

A RELAÇÃO ENTRE O ESTOICISMO TARDIO E A LOGOTERAPIA

O presente artigo busca estabelecer uma comparação entre a Logoterapia e o estoicismo tardio, em especial no que tange o aspecto humano denominado por Viktor Frankl como o “poder de resistência do espírito” – conhecido também como resiliência. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma avaliação dos escritos filosóficos de alguns dos principais autores do estoicismo tardio, a saber, Sêneca, Marco Aurélio e Epiteto, bem como a obra de Frankl no intuito de alcançar uma maior compreensão da capacidade humana de tolerância e sofrimento de forma digna em relação às dores e às adversidades, como também semelhanças e divergências destas correntes filosóficas e teóricas. Conclui-se que, apesar de pontos divergentes entre os autores, tanto Frankl quanto os estoicos tardios analisados possuem significativa preocupação quanto ao cultivo do espírito forte e a busca de virtudes como meio de atingir uma vida com sentido e, consequentemente, feliz.